A importância da criança vestir fantasias no dia a dia

Muitos pais e professores possuem dúvidas sobre o desejo das crianças em usar, no dia a dia, fantasias de princesas e/ou Super heróis.

Dúvidas pertinentes no quesito “até quando” e também “qual o limite”. Porém, no que se refere a “sim ou não” a resposta é, sem sombra de dúvidas “sim”! Deixem suas crianças usarem fantasias no dia a dia.

Usar fantasias no dia a dia é fundamental para o crescimento da criança. Elas contribuem para ajudar desenvolver a imaginação e a expressão corporal e emocional. Ajuda desenvolver a inteligência, criatividade, linguagem, além de facilitar a aprendizagem de conceitos e valores.

Como são impostos a nós, desde cedo, muitos limites e cobranças, desenvolvemos também, muito cedo, o sentimento exagerado de culpa e medo. Com a fantasia, a criança pode agir com mais segurança, sem medos exagerados. O que ajudará criar coragem, enfrentar obstáculos e medos, fortalecendo o ego infantil, ajudando portanto, na conquista da autonomia e autoestima.

Sendo assim, o desejo da criança em ir para a escola, supermercado, casa dos avós e/ou amiguinhos, usando fantasia é perfeitamente saudável. É preciso apenas ir observando se ela não está usando a fantasia de subterfúgio para “fugir de si mesmo”. Muito embora isto poderá ocorrer somente depois dos sete, oito anos de idade. Porque até os seis, eles desejarão apenas como objeto de desejo infantil, em geral.

E caso a criança esteja, no seu entendimento, exagerando, basta entrar na brincadeira. Crianças são muito fáceis de serem convencidas. Basta que sejamos tão criativas quanto elas.

– Não quer tirar a fantasia para que ela seja lavada? Crie uma história e a convença de que é preciso lavar porque os fungos criados pelas sujeiras que trazemos da rua deixam as princesas tristes, ou Super heróis mais fracos… (Não se preocupe se ele ainda não sabe o que sejam fungos, por exemplo – esta também é uma oportunidade de enriquecer o vocabulário deles, explicando o que é. Mesmo que ele não demonstre entendimento, terá ficado gravado em sua mente).

E assim, entrando na brincadeira, é possível conseguir tudo com a criança. Fortalecendo os vínculos e possibilitando que elas sejam mais felizes e realizadas.

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Marli Andrade

Psicanalista, Psicopedagoga e Doutora em Psicologia Social.

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Marli Andrade

Psicanalista, Psicopedagoga e Doutora em Psicologia Social. Autora do Programa de Educação Psicossocial, Motora, Alfabetizadora. Dedica-se exclusivamente à Formação Continuada de Professores e Pedagogos.

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